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A Superioridade do VPL nas Análises de Investimentos

Desvendando a supremacia do VPL: por que o Valor Presente Líquido é a ferramenta fundamental para decisões de investimento inteligentes

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Uma das disciplinas que mais gosto de lecionar é a “Análise e Decisão de Investimentos”, também conhecida como “Engenharia Econômica”. Totalmente calçada na matemática financeira, a disciplina, como o nome informa, consiste em optar ou não por um determinado investimento. Isso pode ser aplicado em vários tipos de decisão e em vários setores de uma empresa. Na troca ou na reforma de equipamentos, na implantação de novos projetos, na criação de novas empresas, nas decisões financeiras sobre o fluxo de caixa, no lançamento de novos produtos, enfim, o leque de situações é enorme.

Os métodos variam, mas o ponto comum é que todos levam em conta o valor do dinheiro no tempo. Matemática Financeira é conta de ir ou voltar, ou seja, ou você capitaliza (vai para o futuro) ou descapitaliza (volta para o presente).

Termos o VPL (Valor Presente Líquido), a TIR (Taxa Interna de Retorno) e a MTIR (Taxa Interna De Retorno Modificada), o Pay Back e o Pay Back Descontado, o método do Custo Anual e o método do Custo Capitalizado.

Entendo que o VPL é o mais completo porque ele é a base dos outros. Quando trazemos os valores de um fluxo de caixa a valores do presente utilizando uma determinada taxa, podemos compará-lo com outra alternativa e identificar, a valores de hoje, qual é a melhor decisão.

O Pay Back consiste em ir abatendo as entradas de caixa do saldo inicial do investimento, que é negativo, até que todo esse investimento inicial seja recuperado, determinando o tempo de retorno do que foi gasto. O primeiro problema com esse método é que podemos ter períodos iguais de retorno para fluxos com entradas de valores diferentes. Ao ignorar isso, o método se mostra inferior ao VPL, pois um determinado valor no tempo 1 é diferente no tempo 2.

O segundo problema do Pay Back é não considerar os fluxos após o retorno do investimento inicial. Por fim, o terceiro problema é que no VPL pode-se recorrer ao mercado para saber qual é a taxa ideal de desconto. Já no Pay Back o parâmetro de tempo é até certo ponto, arbitrário.

Se usarmos o Pay Back descontado o problema do custo do dinheiro no tempo é minorado, porém os outros permanecem.

Quanto à TIR, é de fato um bom indicador, pois identifica qual a taxa de retorno dos períodos de um fluxo de caixa, contudo, para determinados fluxos pode-se ter mais de uma taxa de retorno quando temos não apenas o primeiro fluxo negativo.

Os demais métodos que são o Custo Anual e o Custo Capitalizado são, na verdade, uma extensão do VPL. Não me aprofundei com exemplos neste artigo, mas recomento ao estudante de finanças que o faça, pois esses métodos quantitativos irão acompanhá-lo no bacharelado, na pós-graduação, no mestrado, no doutorado, no pós-doutorado, na vida profissional, e assim por diante.

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