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Em Alguns Casos Manter o Simples é a Solução

Nem tudo precisa ser reinventado: redescobrindo o poder das soluções simples em um mundo obcecado pela inovação constante

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Uma imagem dividida ao meio, contrastando complexidade com simplicidade. À esquerda, um emaranhado de engrenagens complexas, fios, placas de circuito e computadores supermodernos, simbolizando a busca por soluções complicadas e o excesso de tecnologia. Há um brilho exagerado e luzes piscando. À direita, em contraste, uma única e elegante caneta esferográfica repousa sobre uma folha de papel branca, ao lado de um clipe de papel e um lápis. A cena é limpa, bem iluminada e tranquila, transmitindo a ideia de eficiência e simplicidade que funciona. Uma linha divisória clara e harmoniosa separa os dois lados. O estilo é uma ilustração digital que combina elementos tecnológicos complexos com objetos simples e minimalistas. Alta resolução, proporção 16:9.

Conta-se que na corrida espacial entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética, os cientistas americanos se defrontaram com o desafio de criar uma caneta para uso no espaço, que estivesse imune aos efeitos da gravidade. A história diz que gastaram fortunas para desenvolver a tal caneta, e que para os soviéticos bastou usar um lápis. Na verdade, ambos usaram lápis no início, até que houve a substituição, nos dois países, pela caneta espacial pressurizada, pois o lápis era inflamável e o grafite poderia se soltar e causar avarias nos equipamentos da nave. 

Apesar da história do lápis e da caneta ser um mito, ela nos oferece uma boa reflexão, pois até que ponto devemos buscar a melhora de algumas coisas que já cumprem perfeitamente a função para o qual foram desenvolvidas?

Se formos comparar, por exemplo, uma máquina de escrever com um processador de textos no computador, o ganho de produtividade deste último é gigantesco, a ponto de transformar o antigo equipamento em peça de museu, o que aliás já aconteceu faz tempo.

Mas há inúmeros casos em que o antigo, de ideia simples, continua sendo a melhor solução, e gastar energia e recursos para melhorar o que já funciona perfeitamente não faz o menor sentido. São muitos os objetos nesta condição, como por exemplo o Clips para papel que, desenvolvido no século XIX, mantém sua função até hoje sem necessidade de melhorias. A lista é imensa, desde garfo e colher, fósforo, pregador de roupa, escova de dentes (esta tem a elétrica, mas a tradicional cumpre bem a função), arame farpado, etc.

Nos processos das empresas esse raciocínio também é valido. Aqui outra história que é um mito, mas ilustra bem a situação. Em uma fábrica de pneus os executivos gastaram fortunas para desenvolver a embalagem ideal para o seu produto e nunca chegavam a um modelo de custo e benefício, até que o diretor de produção, ao perguntar para um simples funcionário o que ele achava, ouviu a resposta com uma pergunta: por que vocês querem embalar pneus? Entregue-os assim mesmo.

Temos que ter tudo a favor do aperfeiçoamento e melhoramento contínuo nos produtos, nas práticas empresariais e nos processos produtivos, mas sem nos esquecermos do simples, daquilo que permanece bom e dispensa a perda de tempo e de recursos para aprimorá-los.

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