Educação
A Convivência do Livro Físico com o Digital
Raiz ou digital? Uma análise das vantagens e desvantagens de cada formato de leitura e a defesa da convivência entre os dois mundos
Quando penso no universo da leitura, divido aqueles que gostam da prática em leitores raízes, leitores digitais e leitores democráticos.
Os leitores raízes gostam mesmo é do bom e velho livro físico. A experiência tátil, o cheiro do material e o folhear das páginas são, para eles, uma experiência única.
Também é fato que a leitura de livros físicos facilita o aprofundamento nos conteúdos, fazendo com que a retenção do que foi lido seja maior. A sensação de assimilação e posse da informação contida nas páginas é muito maior do que no digital. Não depender de eletricidade, baterias e tecnologia é uma vantagem, pois o conteúdo pode ser acessado de forma simples e em qualquer lugar. Na questão de saúde, o livro físico ainda tem a vantagem de não prejudicar os olhos, ao contrário das telas dos digitais.
Em tempos de minimização de impactos ambientais, muito poderão dizer que o livro escrito em papel gera consequências para o clima com a derrubada de árvores. Para mim isso soa exagerado, pois papel polui pouco, e bem menos do que gadgets que quando são descartados espalham seus plásticos, metais e baterias por aí. Lembro, no passado, do conselho de um executivo de uma grande indústria de papel e celulose que disse: consumam nossos papeis, pois nós ajudamos o meio ambiente plantando mais árvores para produzir mais papel. Portanto, sou muito fã do livro físico, mas isso não quer dizer que eu não goste e não enxergue as vantagens do livro digital.
Para os leitores digitais, dois grandes apelos desse tipo de livro são, sem dúvida, a praticidade e o armazenamento. Você pode ter centenas de obras em um só dispositivo, e consideremos ainda a interatividade e as ferramentas, que permitem acessar informações como a busca do significado de palavras, datas e outras informações de forma quase instantânea.
Ainda sobre o armazenamento, lembro de um colega de mestrado que morava em uma pequena kitnet e afirmava que seria bem complicado armazenar todos os livros e textos que usávamos no curso, em casa. O livro digital foi a solução para ele.
Os pontos negativos, como já dito, são o impacto ambiental e os reflexos na saúde, pois ficar muito exposto às telas prejudica o sono e os olhos.
Por fim, a questão do custo favorece, pois e-books são mais baratos.
Eu, particularmente, não me identifico nem com os leitores físicos nem com os leitores digitais. Sou mesmo um democrático, pois entendo que o melhor dos mundos é aproveitar os pontos positivos de cada um. Se quero um estudo mais aprofundado, vou de livro físico, pois preciso de foco e retenção. Se preciso de pesquisas para o meu dia a dia, vou na rapidez e praticidade do digital.
