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O Crescimento da Economia, o Gasto Público, os Juros e o Controle da Glicose

Gasto público impulsiona crescimento, mas pressiona inflação e juros.

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Na abertura do 45º CONAC – Congresso Nacional de Administradoras de Consórcios – tivemos o privilégio de assistir a palestra do jornalista Carlos Alberto Sardenberg. Com uma exposição clara, Sardenberg apresentou a evolução dos indicadores econômicos e suas percepções sobre a atual situação da economia brasileira.

Particularmente eu tive privilégio ainda maior de ciceroneá-lo durante boa parte do evento, o que me permitiu trocar algumas ideias sobre a economia nacional e internacional. Fico muito grato a ele por ter me dado essa oportunidade.

As relações que mostrou, entre a dívida pública, desemprego, juros, inflação, crescimento do PIB e câmbio, nos deram um panorama do porquê o país está crescendo, e com baixo desemprego, mesmo com as taxas de juros em patamares altíssimos, e quais as consequências que poderemos ter mais adiante.

Fundamentalmente o que Sardenberg mostrou é que estamos sim, crescendo, e a alavanca desse crescimento é, sem dúvida, o gasto público. Naturalmente esse crescimento com desequilíbrio nos gastos provoca pressão inflacionária, e na ausência de uma política fiscal mais rígida, o freio na inflação se dá através da política monetária, o que concordo plenamente

O renomado economista Paul A. Samuelson, um Keynesiano convicto até o último dia de vida, mostra na sua obra mais famosa, Introdução à Análise Econômica, que o ideal é a economia mista, onde estímulos governamentais, unidos ao setor privado, podem corrigir determinadas falhas de mercado e manter o crescimento econômico, mas esse mesmo economista alerta que a tentação do gasto público desenfreado é muito comum em governos populistas, ou seja, o gasto público quando ultrapassa o limite tolerável, traz consequências, e não são boas.

Samuelson alerta que se o investimento (gasto) programado, quando é maior do que a poupança de pleno emprego, provoca uma demanda por mercadorias maior do que aquilo que pode ser produzido, e os preços subirão. É o que chamamos de “Hiato Inflacionário”, demonstrado no exemplo do gráfico a seguir.

Verificamos no gráfico, que o público tenta comprar mais do que pode ser ofertado, inflacionando os preços. Temos um hiato inflacionário no valor de US$ 200 bilhões, e o ponto E, correspondente ao equilíbrio com gasto de US$ 2,6 bilhões, é inatingível no curto prazo, pois exigirá um gasto adicional de US$ 400 bilhões para elevar a produção ao nível necessário para atender a demanda.

Concluindo temos, de um lado o governo com gasto público descontrolado, inflacionando os preços e com inflação acima do teto da meta, e do outro, o Banco Central do Brasil elevando a taxa de juros a patamares muito altos para segurar os preços.

Metaforicamente, é como um pré-diabético que não se controla e come além do recomendável, elevando sua taxa de glicose, e o médico receitando altas doses de medicamento para baixar essa taxa. Se o paciente não colaborar, terá, como o Brasil, problemas mais adiante. 

O CONSÓRCIO NESTE CONTEXTO

Crises e juros elevados trazem reflexos em vários setores econômicos, contudo, o Sistema de Consórcios tem apresentado crescimento constante ao longo dos anos. Com sua característica de planejamento e poupança com propósito definido, é um mecanismo de proteção ao consumidor, evitando desvios que interrompam seus sonhos e objetivos.

Outra qualidade do consórcio é o de ser uma fonte de planejamento de produção, visto que o consumo dos bens, objetos dos grupos, não se dá imediatamente, propiciando uma produção contínua sem picos de altas ou baixas. O gráfico a seguir demonstra essa constância do sistema em contraponto aos períodos de crise e crescimento econômico.

Finalizando, o sistema também tem a vantagem de ser anti-inflacionário, visto que a liberação dos créditos para a compra de bens e serviços se dá paulatinamente, evitando picos de consumo que provocam alta nos preços.

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