Educação
A Imagem no Processo de Aprendizado: Um Exemplo com Juros Compostos
Imagens como bola de neve ajudam a reter conceitos de juros compostos

Associar uma imagem ao conceito daquilo que estamos aprendendo pode ser uma ferramenta poderosa.
Nosso cérebro tem certa dificuldade em processar na memória de longo prazo, determinados conceitos e informações, porém, quando associamos esses conceitos e informações a imagens, algumas áreas do cérebro ligadas à nossa percepção visual são ativadas e nos ajudam a reter e assimilar o conteúdo de interesse.
O aprendizado, quando desenvolvido dessa forma, fica mais leve e menos cansativo, pois maneiras diferentes de enxergar um problema podem abrir nossa mente e despertar a criatividade.
Muito utilizada na alfabetização das crianças, o uso das imagens pode e deve ser utilizado também para o aprendizado de pessoas de todas as idades e níveis de ensino.
Cito um exemplo que sempre utilizo nas minhas aulas iniciais de Matemática Financeira na faculdade em que leciono, que é a finalidade do número 1 na fórmula dos juros compostos, pois alguns alunos de início, tem dificuldade de entender o porquê de ele estar lá.
O número1 tem a finalidade de permitir a capitalização, ou melhor, o acúmulo de taxas sobre taxas. Se, por exemplo, quisermos acumular 10% ao mês em dois meses na capitalização composta, temos que multiplicar 1,10 x 1,10 que será igual a 1,21. Retirando o número 1 temos 1-1,21 = 0,21 ou 21%. Se fizéssemos a conta sem o 1 teríamos 0,10 x 0,10 = 0,01 ou 1%, ou seja, não iriamos acumular a taxa, pois ela diminuiria.
Para associar o número 1 a uma imagem, utilizo a figura de uma bola de neve rolando em uma montanha.

A bola de neve seria o número 1, a neve a taxa de juros (i), e o tempo (n) seriam as voltas que a bola dá ao rolar montanha abaixo. Bem sugestivo para quem vê seu cheque especial virar uma bola de neve.
