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Análises Vertical e Horizontal

Ferramenta fundamental, o painel de controle permite ao piloto o controle da aeronave e a manutenção correta da rota.

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Ilustração de um gestor em um cockpit estilizado, analisando gráficos financeiros em telas como um piloto. Um gráfico mostra uma linha vermelha de custos subindo de 25% a 40% e uma linha verde de receita estável. Ícones como calculadora, engrenagem e aperto de mãos simbolizam precificação, produção e negociações, em tons de azul escuro e cinza

Ferramenta fundamental, o painel de controle permite ao piloto o controle da aeronave e a manutenção correta da rota. De acordo com os indicadores, ele toma atitudes, enfrenta turbulências, enfim, mantém a aeronave nas melhores condições de voo.

Para o gestor, os Demonstrativos Financeiros são o seu “painel de controle”, pois permitem, quando bem analisados, ter uma visão ampla do andamento da empresa, e eventualmente corrigir rotas.

São diversos indicadores que podem ser extraídos, seja pela análise por índices ou as análises vertical e horizontal.

Na análise vertical, para além de verificar a proporção de cada item sobre o total em um único período, quando analisada conjuntamente com vários períodos pode trazer importantes informações que indicarão ou não a necessidade de ajustes.

Tomemos como exemplo a relação do CPV Custo dos Produtos Vendidos, com a receita líquida, que é a base 100% da análise vertical, ou seja, é o valor pelo qual todos os itens da DRE Demonstração de Resultado do Exercício, devem ser divididos.

Se no primeiro ano essa relação era de, por exemplo, 25%, no segundo ano passou para 30%, no terceiro para 37% e no quarto para 40%, temos aí um indicativo de que algo não está indo bem, pois a continuar nesse ritmo no futuro os custos ultrapassarão a receita. Nesta situação a pergunta que fica é: qual o papel ativo do gestor financeiro, além de apenas identificar a distorção?

Podem ser várias as causas desta distorção, dentre elas podemos citar:

  • Precificação inadequada dos produtos, com alocação errônea dos custos na formação do preço, e markups inadequados que não são suficientes para cobrir as despesas e gerar lucros satisfatórios. Neste caso a intervenção do gestor na área de custos e formação de preços é necessária.
  • Falhas na área de produção, com desperdícios de matérias primas, excesso de horas extras que elevam o custo da mão de obra direta, entre outros. Será necessário que o gestor se reúna com os responsáveis pela produção para verificar quais são os problemas e como corrigi-los.
  • Negociações de compras pouco vantajosas com os fornecedores de matérias primas. Novamente o gestor deverá se reunir, agora com a equipe de compras, para resolver a questão.
  • Excesso de concessão de descontos por parte da área comercial, que podem aumentar o volume vendido, mas com baixa margem de lucro.

Essa é apenas a visão da relação custo/receita, porém a intervenção do gestor é ampla. No caso das despesas, em havendo evolução desproporcional entre elas e a receita líquida, as causas devem ser identificadas e corrigidas.

Se, por exemplo, as despesas com vendas e marketing evoluem em uma velocidade maior do que as receitas, é um indicativo de que o esforço nessa área não está se traduzindo em aumento de vendas.

Da mesma forma é preciso atenção com as despesas administrativas, com manutenção, com pessoal e assim por diante. Estes são alguns exemplos de como cálculos simples como a análise vertical podem ser úteis ao gestor, que deve ter um papel ativo na correção de rota da empresa.

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